sábado, 16 de maio de 2009

Comunidade virtual: Mesmo encontrando comunhão na internet, preciso ir à igreja?

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Questão: Mesmo encontrando comunhão na internet, preciso ir à igreja?

Resposta:
Que pergunta fantástica! Às vezes me pergunto o que o apóstolo Paulo pensaria a respeito do nosso mundo cibernético: blogs, salas de bate-papo, mensagens instantâneas. Imagine suas cartas para todas as igrejas do Novo Testamento. Em vez de “Carta de Paulo à igreja de Éfeso” ele teria escrito “Os múltiplos e-mails para a igreja de Éfeso”. E em vez de esperar até poder visitar a igreja para resolver um problema ele teria enviado mensagens instantâneas. A internet expandiu nossas habilidades de comunicação, e há grandes vantagens nisso. Trouxe-nos a oportunidade de nos relacionarmos com pessoas que, de outra forma, jamais cruzariam nosso caminho. Nos dias de Paulo, provavelmente os seguidores de Cristo de Éfeso não tiveram contato com os seguidores de Cristo de Filipos. Hoje esta conexão está há um clique de distância. Cristãos em todo o mundo podem se encorajar e aprender uns com os outros. Mas voltando para sua questão inicial, é importante perceber que a comunhão cristã e os cultos da igreja são duas coisas bem diferentes. O formato dos cultos na igreja não favorece efetivamente a promoção de comunhão ou de comunidade na percepção relacional. Em vez disso, o culto está direcionado aos grandes grupos para que tenham ensino bíblico centralizado e momento coletivo de louvor. A comunhão geralmente acontece quando as pessoas estão em pequenos grupos ou envolvidas em amizades um a um. Neste contexto que trabalhamos nossa fé, somos moldados em amor, paciência, mansidão e verdade. É essencial que o espaço físico da igreja promova isto. Parte do que torna o corpo de Cristo tão único é a reunião e a comunhão dos irmãos. Era verdade nas igrejas do Novo Testamento e continua a ser verdade nas igrejas atualmente. A Bíblia discorda de quem diz que é possível seguir a Deus sem a comunhão da igreja. As Escrituras nos dizem: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns” (Hebreus 10.25). Portanto, a comunhão cristã virtual não pode ser considerada uma alternativa viável para a comunhão nos cultos da igreja. A comunhão cristã virtual pode ser considerada uma alternativa para a comunhão face a face que as igrejas promovem? Eu diria sim e não. A comunhão cristã virtual certamente pode complementar a variedade da comunhão face a face. Creio que o apóstolo Paulo, em seus dias, adoraria participar na comunicação imediata e freqüente com cristãos de diversos lugares. E sei que muitas pessoas têm amigos virtuais com quem oram e compartilham as histórias de como Deus tem trabalhado em suas vidas. Estes relacionamentos são grandes fontes de alegria e esperança. Por outro lado, muito do que define a comunhão na Bíblia é a participação. Os primeiros cristãos comiam juntos, exortavam uns aos outros quando percebiam comportamentos inapropriados e aprendiam a amar uns aos outros de maneiras que só acontecem quando você dispõe de tempo de qualidade presencial em um relacionamento. É muito mais fácil amar a distância. Posso ser extremamente paciente com uma pessoa que conheço quando sei que preciso de apenas um clique para sair da conversa a qualquer momento. Posso escolher as informações que quero divulgar e as que quero preservar, oferecendo um falso retrato de quem realmente sou.Na comunicação on-line pode-se enganar e omitir informações, portanto precisamos permanecer atentos para compreender que é apenas uma relação parcial. Reconhecer as limitações dos relacionamentos pela internet nos permite aproveitá-los por aquilo que realmente são, um complemento fantástico para quem já vive uma vida comunitária. Estas limitações devem nos lembrar de que temos um grande presente em nossas comunidades locais: tanto os grandes encontros comunitários como nossos pequenos grupos de comunhão. Espero que você participe da vida comunitária da igreja, e que, por meio dos relacionamentos com pessoas que vão amá-lo e a quem você irá amar, você seja moldado para ficar cada vez mais parecido com Jesus.

Nancy Ortberg é consultora de liderança eclesiástica e preletora, mora na Califórnia com seu marido John Ortberg e seus três filhos.
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